
Governadores
de ao menos seis Estados estudam uma forma jurídica de enviar policiais
militares de suas tropas para reforçar a segurança do Ceará, onde parte
dos PMs está amotinada, caso o presidente Jair Bolsonaro não renove o
decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que vence nesta sexta-feira,
28. O decreto é o instrumento que permitiu o envio de homens do
Exército para o patrulhamento de Fortaleza e outros municípios cearenses
nos últimos oito dias.
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), vinha requisitando que a GLO
fosse prorrogada por ao menos mais 30 dias. Bolsonaro, entretanto, se
mostrou hesitante em atender o pedido. Em vídeo ao vivo transmitido em
suas redes sociais nesta quinta-feira, 27, o presidente disse que não
atenderia o governador petista. "A gente espera que o governo resolva o
problema da Polícia Militar do Ceará e bote um ponto final nessa
questão", afirmou o presidente, que nesta sexta-feira se reuniu com
ministros para discutir o tema.
As discussões envolvem os governo de São Paulo, do Rio, do Piauí, do
Maranhão, da Bahia e do Pará, mas os Estados ainda aguardam uma
manifestação final da Presidência sobre a prorrogação antes de uma
divulgação oficial. Ao menos na PM paulista, ainda há dúvidas sobre as
formas legais de viabilizar essa cooperação.
Há outras negociações também em estudo, como a requisição de uma GLO
feita pelo Congresso Nacional, que também está sendo analisada por
aliados do governo cearense.